terça-feira, 15 de junho de 2010

A Crise na Contabilidade de Custos Tradicionais


Com todas as mudanças acontecendo, podemos perguntar: o que ocorre na Contabilidade de Custos e na Contabilidade Gerencial? São válidas suas teorias? Até mesmo na década de oitenta, tal como indica Kaplan apud Prada (1995; p.93), a contabilidade gerencial surgida nos anos cinqüenta utilizava disciplinas como probabilidade, estatística, etc. para cumprir seus dois objetivos básicos: calcular o custo do produto e elaborar informação útil para a tomada de decisões de planejamento e controle.

A função de produção assumida nesses modelos tradicionais se fundamentava nos supostos de produção em massa de um produto maduro com características conhecidas, tecnologia estável e modelos de otimização passivos onde a estrutura de custos fixos e a incerteza se suponham variáveis exógenas ao modelo.

Porém para os fabricantes dos anos oitenta esses modelos teóricos já não respondem a uma nova situação. Empresas japonesas aplicam modelos que ao invés de otimizar a respeito de um conjunto dado de parâmetros, otimizam entre si mesmos obtendo desta forma acentuadas vantagens competitivas. Por exemplo, em vez de calcular a política de inventários que minimiza os custos com alguns parâmetros dados, como o tempo de ajuste de uma nova produção ou a incerteza de fornecer materiais, o novo enfoque japonês trata de eliminar os motivos para manter inventários, reduzindo os tempos de ajuste e diminuindo a incerteza da demanda.

Para Horngren apud Prada (1995p; 94), as tecnologias avançadas de fabricação têm suposto uma mudança nas operações fundamentais da empresa, mudança que deveria levar consigo uma transformação profunda no sistema de contabilidade que acompanha as ditas operações para obter três objetivos: uma informação mais exata de custo dos produtos, um melhor controle nos custos existentes e uma simplificação dos sistemas de custos.

Do ponto de vista gerencial, Kaplan (1993; p. 210) diz que "a contabilidade deveria ser a fonte das perguntas que a administração tem de responder no sentido lato de levantar as perguntas que a administração esteja por si só suficientemente curiosa para querer ver respondidas".

Diz ainda que "a contabilidade para a administração não é a administração, e não deve ser confundida com ela. Mas pode-se fazer a contabilidade auxiliar nos propósitos gerenciais.podendo ela auxiliar a administração num trabalho melhor do que se realizado sem ela".

Os atuais sistemas contábeis, contudo, escondem problemas ou sinalizam problemas inexistentes, como, por exemplo, quando fazem produtos tradicionais e de altos volumes parecem custosos demais, por muito dos custos de produtos novos e de baixos volumes serem desviados para eles.

Fonte: http://br.monografias.com/trabalhos/contabilidade-gerencial/contabilidade-gerencial.shtml

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